Como a Persistência da Visão Criou a Animação (e Continua Encantando o Mundo)
Você já parou para pensar como um desenho que, na verdade, é apenas uma sequência de imagens paradas, consegue ganhar vida diante dos seus olhos? Como Mickey Mouse pula, como o Pikachu corre, como o Shrek ri — tudo isso sendo, na essência, apenas quadros estáticos exibidos em alta velocidade?
A resposta está em um fenômeno biológico fascinante chamado persistência da visão — e ele é a base de toda animação, desde os brinquedos ópticos do século XIX até os blockbusters digitais da Pixar e da DreamWorks.
Neste artigo, vamos mergulhar fundo nesse mundo mágico onde ciência, arte e ilusão se encontram. Vamos entender:
O que é a persistência da visão
Como os primeiros inventores usaram esse fenômeno para criar os primeiros “filmes animados”
Quais dispositivos revolucionaram a forma como vemos movimento
Como os animadores economizam quadros sem perder a fluidez
Quem foram os pioneiros que transformaram essa ciência em arte
E por que, mesmo com tanta tecnologia, os princípios básicos continuam os mesmos!
Prepare-se: você nunca mais vai assistir a um desenho da mesma forma.
Imagine que você pisca os olhos. Mesmo com os olhos fechados por uma fração de segundo, você ainda “vê” a imagem anterior por um instante. Isso não é imaginação — é fisiologia.
Nosso olho humano, mais precisamente a retina, tem uma espécie de “memória visual curta”. Quando uma imagem é projetada na retina, ela não desaparece instantaneamente — ela persiste por cerca de 1/15 a 1/10 de segundo. Isso significa que, se uma nova imagem aparecer dentro desse curto intervalo, nosso cérebro não percebe a troca. Em vez disso, ele funde as duas imagens, criando a ilusão de movimento contínuo.
Esse fenômeno também é conhecido como persistência retiniana ou retenção retiniana. E ele é a base não só da animação, mas também do cinema de ação ao vivo, dos vídeos no YouTube, das transmissões esportivas e até dos jogos eletrônicos.
Um projetor de cinema tradicional exibe 24 quadros por segundo (fps). Entre cada quadro, há um breve momento de escuridão — mas você não percebe, porque seu cérebro “preenche” o espaço com a imagem anterior. É como se seu cérebro dissesse: “Ah, isso aqui é só continuação daquilo ali!”
Na animação, o princípio é o mesmo. Se você exibir 12, 15 ou 24 imagens por segundo, desde que estejam em sequência lógica, o cérebro interpretará como movimento fluido.
Antes de existirem câmeras, celulares ou computadores, os seres humanos já estavam obcecados por fazer imagens se moverem. No século XIX, cientistas, inventores e artistas criaram uma série de dispositivos que exploravam a persistência da visão — e que, sem saber, estavam lançando as bases da indústria cinematográfica e da animação moderna.
Vamos conhecer os principais:
Inventado (ou pelo menos popularizado) por John Ayrton Paris, o taumatrópio era um disco de papel ou cartão com imagens diferentes em cada lado — por exemplo, um pássaro de um lado e uma gaiola do outro.
Preso por barbantes nas laterais, bastava girar o disco rapidamente com as mãos que… voilà! O pássaro parecia estar dentro da gaiola!
Esse foi um dos primeiros dispositivos a demonstrar de forma prática e lúdica o princípio da persistência da visão. Embora simples, ele mostrava que, ao fundir duas imagens rapidamente, o cérebro cria uma terceira — uma ilusão.
Criado pelo físico belga Joseph Antoine Ferdinand Plateau, o fenacistoscópio era um disco de papelão com uma sequência de imagens desenhadas ao redor da borda — por exemplo, um dançarino girando ou um cavalo galopando.
Esse disco era fixado a um eixo e girava na frente de um espelho. Na borda do disco, havia pequenas fendas. Quando o observador olhava através das fendas para o reflexo no espelho, via as imagens em movimento!
Era como assistir a um loop infinito de animação — o equivalente visual do século XIX a um GIF do Instagram.
Originalmente chamado Daedaleum (em homenagem a Dédalo, o mitológico construtor do labirinto), foi inventado pelo matemático inglês William George Horner em 1834. Mas só se tornou popular 30 anos depois, quando William F. Lincoln, dos Estados Unidos, patenteou uma versão comercial com o nome de zootrópio — do grego zoo (vida) + tropos (giro): “roda da vida”.
O zootrópio era um tambor cilíndrico com uma tira de papel colada internamente, contendo imagens sequenciais. Na borda superior do tambor, havia fendas verticais. Ao girar o tambor e olhar pelas fendas, as imagens pareciam se mover!
Diferente do fenacistoscópio, o zootrópio não precisava de espelho — e permitia que várias pessoas vissem ao mesmo tempo. Virou febre nos salões vitorianos e foi um dos primeiros brinquedos “midia” da história.
Patenteado por John Barnes Linnett com o nome de kineógrafo, o flip book (ou “livro de folhear”) é talvez o dispositivo de animação mais conhecido até hoje
Era um bloquinho de papel com imagens ligeiramente diferentes em cada página. Ao folhear rapidamente com o polegar, as imagens ganhavam movimento — exatamente como os estudantes ainda fazem nas margens dos cadernos!
Simples, portátil e barato, o flip book foi o primeiro dispositivo de animação verdadeiramente pessoal. E continua sendo usado até hoje — seja em cadernos de estudantes, em livros interativos ou até em campanhas publicitárias criativas.
Inventado por Émile Reynaud, o praxinoscópio foi uma evolução genial do zootrópio. Em vez de fendas, ele usava espelhos posicionados no centro de um tambor giratório. As imagens, dispostas na parede interna do tambor, eram refletidas pelos espelhos — criando uma animação mais clara, brilhante e sem distorções.
Mas o mais importante: pela primeira vez, várias pessoas podiam ver a animação ao mesmo tempo — sem precisar olhar por fendas ou espelhos individuais.
Reynaud não parou por aí. Em 1892, ele apresentou ao público as “Pantomimes Lumineuses” — as primeiras animações projetadas com narrativa, personagens e cenários, exibidas num teatro em Paris. Foram mais de 12 anos de exibições antes mesmo da primeira projeção dos Irmãos Lumière!
Você sabia que nem sempre é preciso desenhar 24 imagens por segundo para criar uma animação suave? Os animadores desenvolveram técnicas inteligentes — verdadeiros “atalhos perceptivos” — para economizar tempo, esforço e dinheiro, sem que o espectador perceba.
Essas técnicas são chamadas de:
- Animação “em um”
- Animação “em dois”
- Animação “em três” ou “em quatro”
Vamos entender cada uma:
Na animação tradicional, especialmente nos estúdios clássicos como Disney e Warner Bros., o padrão era animar “em dois”. Isso significa que cada desenho é exibido por dois quadros de filme.
Como o cinema roda a 24 quadros por segundo (fps), isso resulta em 12 desenhos únicos por segundo — exatamente no limite do que o olho humano consegue perceber como movimento contínuo.
É eficiente, econômico e, na maioria das cenas, perfeitamente suave. Personagens andando, conversando ou fazendo gestos lentos costumam ser animados “em dois”.
Quando o personagem precisa correr, pular, lutar ou fazer qualquer movimento rápido e complexo, os animadores mudam para “em um”. Aqui, cada quadro do filme tem um desenho diferente — totalizando 24 desenhos por segundo.
Isso garante fluidez máxima, sem “pulos” ou “travamentos”. Mas é muito mais caro e trabalhoso — imagine desenhar 1440 imagens só para um minuto de cena!
Por isso, os estúdios usam essa técnica com moderação — apenas quando necessário.
Em produções de baixo orçamento — como desenhos de TV dos anos 1960-70 ou animações educativas — era comum animar “em três” ou até “em quatro”.
Isso significa que um único desenho é exibido por três ou quatro quadros — resultando em apenas 8 ou 6 desenhos por segundo.
O movimento fica mais “engasgado”, mas ainda funcional — especialmente em cenas estáticas, com pouca ação. Muitos desenhos japoneses (anime) ainda usam essa técnica estrategicamente para economizar e focar o orçamento nas cenas importantes.
A animação não surgiu do nada. Ela foi construída por décadas de experimentação, descobertas científicas e mentes criativas que uniram arte e tecnologia. Vamos conhecer alguns dos gigantes que pavimentaram esse caminho.
Antes mesmo dos brinquedos ópticos, veio a ciência. Em 1824, o médico e lexicógrafo britânico Peter Mark Roget (sim, o criador do famoso Thesaurus Roget) apresentou à Royal Society of London um artigo chamado “Explanation of an Optical Deception in the Appearance of the Spokes of a Wheel Seen through Vertical Apertures”.
Nele, Roget explicava por que rodas de carruagem parecem girar para trás quando vistas através de grades ou janelas — e como a persistência da visão cria a ilusão de movimento contínuo.
Foi o primeiro estudo científico formal sobre o tema — e serviu de base para todos os inventores que viriam depois.
Em 1853, o militar e inventor austríaco Franz von Uchatius desenvolveu um método para projetar as imagens do fenacistoscópio numa tela, usando uma lanterna mágica (precursora do projetor).
Isso fez dele o autor da primeira animação projetada da história — 40 anos antes do cinema dos Lumière!
Seu dispositivo foi comprado por Ludwig Dobler, que o levou em turnê pela Europa, encantando plateias com “imagens vivas” — uma verdadeira sensação da época.
Nascido em 1844, Reynaud não só inventou o praxinoscópio, mas também criou as primeiras animações narrativas projetadas publicamente — as “Pantomimes Lumineuses”.
Entre 1892 e 1900, ele exibiu mais de 500 sessões em Paris, com animações de até 15 minutos, cores pintadas à mão, trilha sonora ao vivo e até efeitos especiais
Suas obras, como Pauvre Pierrot e Autour d’une cabine, tinham personagens recorrentes, enredo e emoção — elementos que definiriam a linguagem cinematográfica.
Infelizmente, com o avanço do cinema fotográfico, Reynaud foi esquecido em vida. Mas hoje é reconhecido como o pai da animação artística.
Nascido em Paris, Cohl era cartunista e trabalhava no estúdio de Georges Méliès. Em 1908, criou Fantasmagorie — um curta de 1 minuto e 40 segundos, composto por 700 desenhos feitos à mão em papel, fotografados um a um.
O filme mostra um boneco de traços simples vivendo aventuras surreais — e é considerado o primeiro filme de animação totalmente desenhado quadro a quadro.
Cohl também foi pioneiro em técnicas como metamorfose (um objeto virando outro) e fundos em movimento — influenciando gerações de animadores.
Conhecido por suas tiras em jornal como Little Nemo, McCay levou a animação a outro nível com Gertie, o Dinossauro (1914).
Gertie não era só um desenho em movimento — ela tinha personalidade, emoção e interação com o público. McCay a “comandava” ao vivo durante as exibições, como um domador de circo!
Ele desenhou mais de 10.000 quadros à mão, com atenção obsessiva ao realismo do movimento — anos antes de existirem réguas de animação ou técnicas padronizadas.
Fundador do primeiro estúdio de animação profissional dos EUA, Bray foi o primeiro a aplicar métodos de produção em série à animação — inspirado na linha de montagem de Henry Ford.
Ele patenteou técnicas como:
Divisão de tarefas entre artistas (um desenha, outro pinta, outro anima)
Reaproveitamento de cenas e fundos
Essas inovações permitiram que estúdios como Disney e Fleischer produzissem longas-metragens — e transformaram a animação numa indústria global.
Por Que Isso Importa Hoje? (E Por Que Você Deveria Ensinar Isso na Escola!)
Mesmo com toda a tecnologia digital — softwares 3D, motion capture, inteligência artificial — os princípios básicos da animação não mudaram.
Seja num curta do TikTok, num filme da Pixar ou num jogo da Nintendo, tudo ainda se baseia na mesma ilusão: imagens estáticas, exibidas rápido o suficiente, para enganar nosso cérebro.
E entender isso é muito mais do que curiosidade — é alfabetização visual e científica.
Benefícios de Ensinar Persistência da Visão e História da Animação:
- Desenvolve pensamento crítico sobre como as imagens funcionam
- Conecta ciência, arte e tecnologia de forma lúdica
- Estimula a criatividade e expressão visual
- Mostra como invenções simples podem mudar o mundo
- Prepara os alunos para carreiras em design, cinema, games e mídias digitais
Sugestão pedagógica: Que tal um projeto interdisciplinar? Ciências (fisiologia do olho), História (inventores do século XIX), Arte (criação de flip books ou zootrópios) e Tecnologia (animação digital simples).
Resumo Final: Tudo o Que Você Precisa Lembrar
Persistência da visão = nosso olho retém imagens por ~1/15s, criando ilusão de movimento.
Animação = sequência de imagens estáticas exibidas rapidamente (10–24+ quadros por segundo).
Dispositivos pioneiros: Taumatrópio, Fenacistoscópio, Zootrópio, Flip Book, Praxinoscópio.
Técnicas de economia: “Em um”, “em dois”, “em três” — equilibram fluidez e custo.
Pioneiros: Roget (ciência), Reynaud (projeção), Cohl (primeiro filme), McCay (emoção), Bray (indústria).
Hoje: Mesmo com CGI e IA, os princípios são os mesmos — porque nosso cérebro não mudou!
Conclusão: A Magia Está nos Olhos — e na Mente — de Quem Assiste
A animação é, talvez, a forma de arte mais puramente ilusória que existe. Ela não existe no mundo físico — só na percepção. Um desenho não se move. São centenas deles, exibidos em sequência, que nos fazem acreditar que ele se move.
E é exatamente por isso que ela é tão poderosa. Porque ela nasce da interação entre o artista e o espectador — entre o traço no papel e o cérebro que o interpreta.
Da simplicidade de um flip book à complexidade de um filme da Pixar, tudo começa — e termina — com um fenômeno biológico que nos conecta à magia desde o século XIX.
Então, da próxima vez que assistir a um desenho, lembre-se: você não está vendo movimento. Você está criando movimento — dentro da sua mente.
E isso, meus amigos, é verdadeiramente mágico.
Uma sequência de imagens impressas em um tambor ou disco giratório fornece a ilusão de movimento contínuo quando vista através de uma fenda no tambor ou em um disco móvel secundário. O slot atua como um obturador, congelando momentaneamente a imagem. Um projetor de cinema tradicional funciona na mesma ilusão, parando de fato os quadros do filme.
Compreender a persistência da visão ajuda os animadores a criar animações suaves e realistas da maneira mais eficiente, mostrando ao visualizador apenas quadros suficientes para criar a sensação de movimento. Na animação, os personagens em movimento costumam ser filmados “aos dois”, o que significa que uma imagem é mostrada para cada dois frames do filme, um total de 12 desenhos por segundo. Embora isso esteja apenas no limite de nossa ‘persistência de visão’, geralmente é satisfatório para a criação de animações suaves e realistas.
No entanto, quando um personagem precisa realizar um movimento rápido, geralmente é necessário reverter para a animação “em uns”. Alternar as duas técnicas mantém o olhar enganado sem custos de produção desnecessários. Desenhos mais baratos geralmente funcionam em “três” ou mesmo “quatro”, ou seja, três ou quatro quadros por desenho. Isso se traduz em apenas 8 ou 6 desenhos por segundo.
Persistência da visão
Persistência retiniana ou retenção retiniana designa o fenômeno ou a ilusão provocada quando um objecto visto pelo olho humano persiste na retina por uma fracção de segundo após a sua percepção.
Cronologia da Animação: 1824 à 1879
Década de 1820
1824/Dezembro (Grã-Bretanha): Peter Mark Roget apresenta para a Royal Society of London seu trabalho sobre os fenômenos da persistência da visão, que explica a forma como vemos o movimento, Ele descreve como objetos parecem estar se movendo, se houver uma interrupção entre a exibição de cada imagem. (PM Roget, “Explanation of an Optical Deception in the Appearance of the Spokes of a Wheel Seen through Vertical Apertures”, Philosophical Transactions of the Royal Society of London , Vol. 115, pp. 131-140.)
1826 (Grã-Bretanha): John Ayrton Paris (mais provavelmente) inventa o taumatrópio. Consistia-se em um disco com pinturas diferentes em cada lado. Um dos lados possuía a gravura de um pássaro. O outro o de uma gaiola. Este disco foi preso entre dois pedaços de barbante. Quando este disco é girado rapidamente a ave parece estar dentro da gaiola. A invenção do taumatrópio também tem sido atribuída a John Herschel, Charles Babbage, entre outros, porém Paris foi o primeiro a distribuí-lo comercialmente.
Década de 1830
1832 (Bélgica): Joseph Antoine Ferdinand Plateau (1801-1883) inventa o Fenacistoscópio. Um grande disco com uma série de desenhos em torno de sua circunferência, ligado através de um eixo a um segundo disco de metal e com entalhes. Quando o primeiro disco é girado, o desenho observado através das ranhuras do disco de metal parecem se mover. (J. Plateau, “Sur un nouveau genre d’ilusões d’optique”, Correspondance mathémathique et physique , vol. VII, pp 365-369.)
1834 (Grã-Bretanha): O Daedaleum ou “Roda do Diabo” é inventado pelo matemático William George Horner (1786-1837). Uma tira de papel com desenhos é colocada no interior de um tambor rotativo. A aresta superior do tambor tem ranhuras através das quais os desenhos são visualizados. Este dispositivo se tornou muito popular 30 anos depois, quando foi comercializado com o nome de zootrópio ou “roda da vida” por William F. Lincoln, nos Estados Unidos. (WG Horner, “On the Properties of the Daedaleum, A New Instrument of Optical Illusion”, Philosophical Magazine , vol. IV, p.36-41.)
Década de 1840
1844/Dezembro (França): Nasce Emile Reynaud (Charles-Émile Reynaud) (8 de dezembro 1844 – 09 de janeiro de 1918) (diretor, animador, produtor, inventor), em Montreuil-sous-Bois.
Década de 1850
1853 (Áustria-Hungria): Franz von Uchatius desenvolve um método para projetar as imagens do Fenacistoscópio como se fosse uma série de slides. Esta é a primeira forma de animação projetada.
1853 (Áustria-Hungria): Ludwig Dobler compra o dispositivo de von Uchatius e o demonstra por toda a Europa.
1857 (França): Nasce Emile Cohl (Émile Eugène Jean Louis Courtételle) (04 de janeiro de 1857, 20 de janeiro de 1938) (animador, diretor), em Paris.
Década de 1860
1867/Abril (Estados Unidos): William Lincoln consegue a patente do zootrópio. Assim como o Daedaleum, este era um outro dispositivo que exibia sucessivas imagens desenhadas em um pedaço de papel, e que podiam serem observadas através de fendas em um tambor giratório.
1867/Setembro (Canadá): Nasce Winsor McCay (Zenis Winsor McKay) (26 de setembro 1867-26 julho de 1934) (animador, diretor, produtor), próximo de Woodstock, Ontário.
1867 (França) : Nasce O’Galop ( (Marius Rossillon) 1867 – January 12, 1946) (diretor), em Lyon.
1868/Julho (Alemanha): Nasce Hy Mayer (Henry Mayer) (1868-27 de setembro de 1954) (diretor, animador, escritor, produtor), em Worms-am-Rhein.
1868/Setembro (Grã-Bretanha): John Barnes Linnett patenteia o kineógrafo (também conhecido como flip book ou folioscópio) Um bloco de papel com várias imagens e preso por um dos seus lados, e que cria um efeito de animação quando suas páginas são viradas.
1869/Julho (Grã-Bretanha): Nasce Walter R. Booth (12 de julho de 1869-1938) (animador, diretor) em Worster.
Década de 1870
1874/Janeiro (Canadá): Nasce Raoul Barré (29 de janeiro 1874-21 de maio de 1932) (diretor, produtor, animador), em Montreal, Quebec.
1874/Abril (Grã-Bretanha): Nasce Arthur Melbourne-Cooper (diretor, animador, produtor), em St. Albans.
1875/Janeiro (Grã-Bretanha): Nasce James Blackton (James S. Blackton, James Stuart Blackton) (animador, diretor, produtor), em Sheffield.
1876/Julho (Grã-Bretanha): Nasce Anson Dyer (Ernest John Anson Dyer ) (18 de julho 1876-22 de fevereiro de 1962) (diretor, roteirista, animador, produtor) em Brighton, West Sussex.
1877/Junho (Estados Unidos): Nasce Charles Bowers (Charley Bowers, Charles Raymond Bowers) (07 de junho de 1877-26 de novembro, 1946) (produtor, diretor, escritor, animador), em Cresco, Iowa.
1877/Dezembro (França): Emile Reynaud patenteia o praxinoscópio. Este equipamento utiliza espelhos para refletir as imagens de um zootrópio, possibilitando assim que um maior número de pessoas pudessem vê-las simultaneamente.
1879/Agosto (Estados Unidos): Nasce John R. Bray (John Randolph Bray) (produtor, inventor, animador, diretor), em Detroit, Michigan.



