Robótica com uma pitada de marcenaria
Podemos utilizar pedaços de madeira como suporte para componentes eletrônicos e criar peças interessantes para aulas derobótica educacional. A primeira vez que vimos um projeto neste formato foi no Exploratorium, museu de criatividade de San Francisco, Califórnia, nos Estados Unidos, onde há o Tinkering Studio, onde tacos de madeira eram usados com pregos e pregadores no estilo jacaré eram usados para criar conexões entre motores, baterias e leds, passando por botão liga / desliga. Basicamente o projeto consiste em você colocar um componente no meio da base de madeira e os 2 fios, normalmente preto vermelho, representando: preto, negativo e vermelho, positivo, ficam à disposição para receber uma conexão. As formas de se conectar são inúmeras, você pode montar um kit com o conjunto de peças que conversam entre si, por exemplo: pregos com os fios enrolados e usar os pregadores para morder o prego e ficar uma conexão. Você pode ter speakers (mini auto-falantes) motores, lâmpadas e mini ventiladores.
Um dos aspectos positivos da madeira, é que você também pode desenhar os simbolos dos elementos, representando o ícone de cada um dos componentes, da polaridade também.
No caso do projeto da foto acima, o que temos é um conjunto de sete peças e mais um jogo de cabos com pregador estilo jacaré, e cada uma das madeiras tem, além dos componentes, dois pregos, um representando positivo, e o outro representando negativo. Com esses jacarezinhos, você faz a conexão acontecer. Você tem que tem a fonte de energia, no caso a bateria, e antes que ela tenha contato com a lâmpada, precisa passar, por exemplo, por uma válvula de abrir fechar, no caso um botão ou potenciômetro, Ou pode ser um push button, ou switch button, você pode ter vários dispositivos de abrir e fechar, liga e desliga som, luz, motor simples, ou pode ser um cooler, uma ventoinha, tudo mais que você desejar, como por exemplo, sucata de brinquedo, o corpinho de um boneco pode fazer um movimento interessante na superfície da madeira, então os caminhos são muitos. Vai da sua criatividade. Um ótimo modelo para iniciantes. Crianças do ensino fundamental, ou que nunca tiveram contato com a robótica, podem entender os princípios da conexão, por exemplo. Pode ser que os sistema funcione errado, porque elas invertem a polaridade, ou mudou a ordem dos componentes. Por dedução, tentativa, erro e acerto, a gente consegue uma aprendizagem prática, uma aprendizagem concreta. Não pela explicação, mas pela experimentação. Vale muito a pena apostar nessa ideia. São materiais de baixo custo, e o resultado é significativo.
No museu de San Francisco, eles usam como se fosse uma experiência museológica, as crianças chegam no local, e encontram muitas possibilidades. São mesões repletos de objetos provocativos, e muitas possibilidades de brincar com esta proposta. Eles deixam dezenas de propostas prontas em cima da mesa, e as crianças simplesmente brincam de plugar e ver o resultado acontecer. É muito válido para propostas de eventos museais e todo tipo de atividade onde queiramos trabalhar experiências. Acrescentar no portifólio, uma proposta que traga um aprendizado imersivo. Pode servir para centros culturais museus e eventos geral. Até mesmo pra servir como uma ação continuada, como se fosse uma espécie de ferramenta escolar para escolas públicas e rede privada. É uma boa proposta para crianças, ainda mais nessa condição de ter custo baixo.
Para concluir, salientamos a importância dos brinquedos. Quebrados ou com leves defeitos, mas ainda funcionando. Podem ser resignificados e entrar no kit como algo interessante a ser explorado. Um braço sumiu, ou quebrou uma perna quebrou. Um carro sem rodinhas ainda tem seu motor em bom estado de uso. Tudo isso serve de suporte para novas possibilidades para se incluir no nosso kit. Ele fica bem variado, então a ideia de trabalhar com brinquedos estragados ajuda bastante. São ingredientes extras que deixam o kit diferente com coisas extras, então investir em sucata de brinquedos também é uma super ideia.
